Eis o maior poder do mundo: a propaganda. Foi ela que fez a humanidade acreditar que os Estados Unidos pisaram na lua em 1969; foi ela que fez as mulheres começarem a fumar e até hoje o cigarro ser um símbolo de poder e liberdade; foi ela que transformou um celular em sinônimo de status e destaque social; e foi ela que fez uma boneca medíocre e sem graça de plástico ser um dos brinquedos mais adorados do mundo.
A propaganda é a varinha de condão que transforma qualquer coisa em ouro. Ou em lixo. Porque a propaganda também pode destruir. O imaginário da população é constituído em grande parte de propaganda. Não se enxerga mais um produto conforme a utilidade prática que ele oferece, e sim conforme o sentimento que a ele foi associado pela publicidade.
Então temos aí um filme idiota sobre uma boneca idiota, ao qual não assisti e nem pretendo. E tomei essa decisão não porque o filme se trata de propaganda ideológica feminista e misândrica purinho. Disso o cinema já está permeado, inclusive motivando-me a preferir os filmes antigos. Bem, não posso dizer que a propaganda ideológica não seja um fator importante para eu desistir de ver o filme. Mas, afora isso, há também o fato de parecer ser um filme muito, mas muito idiota.
E não me venha dizer que não posso julgar um filme só de ver o trailer. Digo-lhe que julgo um filme só de ver o cartaz e quase nunca erro. Como disse alguém, as aparências não enganam.
Para ser sincero, estou farto de ver filmes que na verdade são propagandas. Aliás, o cinema nunca foi diferente: desde o início o seu objetivo era formar a opinião pública. Mas tenho a impressão de que está pior. Quando as escolhas ideológicas prejudicam as escolhas estéticas, aí tem-se a obra panfletária.
E qual a ideia desse panfleto rosa e colorido? Que as mulheres prescindem dos homens, os quais são meros acessórios desprezíveis e descartáveis. Ora, e algumas mulheres realmente acreditam nisso!
Infelizmente, esse filme será mais uma contribuição para a Bolha Misândrica: um conjunto de ações sociais, culturais e judiciais que desprestigiam os homens diante da sociedade e os desfavorecem em relação às mulheres. A consequência disso – isto é, o estouro da bolha – é os homens escolherem se relacionar cada vez menos com as fêmeas.
Alguns empresários nos EUA já são orientados a não pegarem elevador se houver uma mulher dentro, e recusarem sentar-se ao lado de uma mulher no avião, precavendo-se desse modo contra falsas acusações. Quem vai arriscar?
Acredito que a sociedade não tem salvação. Como nas religiões, a salvação é sempre individual. Embora os homens estejam sendo desprestigiados, você como indivíduo pode se valorizar, vivendo uma vida digna e escolhendo conviver apenas com pessoas que lhe dão o devido valor. Você também pode escolher uma mulher boa para namorar e casar, uma que esteja conforme os seus valores. Sim, isso é possível. Você não salvará a humanidade, mas salvará a si mesmo.
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